quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Comunismo, jornalismo, video game, moda feminina (e parênteses)

Várias pequenas coisas, algumas delas grandes até:

-Embora não me surpreenda mais, eu continuo abismado com aquilo que acabou se estabelecendo como "jornalismo" no Brasil: de obtenção e divulgação de informações, os principais meios de comunicação se tornaram meios de manipulação. Da manchete principal da capa do jornal até a charge, na seleção das cartas de leitores, nas colunas esportivas, e até nas pequenas notas, querem me fazer acreditar que o Brasil é quase uma União Soviética, e que só faltava a Dilma ser eleita para completar a "revolução" (porque o PT tem os piores revolucionários da História, que tem um Estado Nacional entregue nas mãos de bandeja por um apoio popular sem precedentes por 8 anos e não conseguiu mudar nada :^P). Que o PAC não existe, e que aquela vila olímpica da Rocinha e o teleférico do Alemão são ilusões da minha cabeça (ou, se reais, obras puramente eleitoreiras, que não tem utilidade alguma). Que o Brasil andou pra trás, mas que apresenta índices positivos em todos os campos, o que se deve exclusivamente à administração do partido paulista, mas, mesmo assim, seu candidato se propôs a continuar os atuais projetos elaborados nos últimos dois mandatos (alguém entendeu?). Enfim, quando alguém encontrar lógica nisso tudo, me explique, porque eu sou burro.

-Isso também não me surpreende, mas também me deixou abismado. Vi scans da revista Veja de 1990 e 1991 deificando Ayrton Senna, uma na tentativa de assassinato que levou ao seu segundo título mundial, e na outra, com uma foto do piloto extenuado dentro do carro, depois de vencer o GP do Brasil de 91 apenas com a sexta marcha (ele tinha a primeira e a sexta, e foi assim só por 4 voltas, e não a corrida inteira como ficou marcado do imaginário popular, vencida porque o segundo colocado também estava se arrastando na pista com problemas, embora menos críticos). Não, ela não passou informação relevante alguma. Distorceu várias, na verdade, como coloquei nos parênteses. Apenas para construir a imagem de um heroi nacional, igual o banco que o patrocinava. Na época (o tempo, não a revista), eu obtinha informações sobre Fórmula 1 na Quatro Rodas, e nas ricas reportagens do Jornal do Brasil e da Faolha de São Paulo: tinha informação, você sabia quem era quem e o que estava acontecendo: não era preciso fantasiar realidades para torná-las interessantes ao público que buscava essas publicações. Ainda hoje existe gente que exerce o jornalismo (a arte de obter e divulgar informação), mas tem gente que há muito tempo confunde o que faz outro tipo de jornalismo (a arte de embrulhar o peixe na feira).

-Quase desloquei meu ombro direito jogando tênis no Wii Sports numa loja de informática enquanto fazia hora. Estou dolorido como se tivesse feito flexões durante o feriado. Apesar de manter o fôlego caminhando, a metade superior do meu corpo não aguenta nem o vídeo game mais :^P Pelo menos no Wii eu não preciso usar minha mão esquerda: jogando num joystick ou num teclado, ela doi em vários pontos como se eu a tivesse enfiado num moedor de carne. O que não falta pra mim é dor. Agora tenho uma dor na sola do pé esquerdo que me garante a minha dose de dor a cada passo. São tantos pontos, em tantos lugares, que não tem um segundo em que eu não sinta dor. É um exercício mental bastante construtivo ignorá-las ou fazê-las funcionar a meu favor, fazendo parte das minhas criações artísticas (desenhos, escritos, animações). Mas eu as trocaria por um plano de saúde :^P (quem sabe, agora que vamos entrar na era do comunismo e contra a acumulação de capital, se os planos vão deixar de assaltar a população).

-Por que diabos o Peixe Urbano fica me mandando promoções de moda feminina e clínicas de estética? Não que eu tenha muita disposição pra ficar comprando cupons de qualquer bobagem, mas isso irrita. Sifudê.

-Preciso esforço titânico para escrever sem usar parênteses (porque tenho dificuldade em encaixar todas as ideias de maneira coerente no corpo do texto) :^P

-Eu queria ter sido entrevistado no programa Irritando Fernanda Young. Teria sido uma entrevista muito irritante.

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