sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Nananananananananan BATMAN

Hoje sonhei que Bruce Wayne/Batman era um tiozão de 50 anos, sem o olho esquerdo, o que arruinava o seu disfarce. Mas as pessoas são burras nesse mundo de super heróis a ponto da Lois Lane não conseguir reconhecer o Clark Kent quando ele tira o óculos e fica só de cueca, então isso não era empecilho para que Bruce continuasse sua carreira decadente de Batman de meia idade... ou melhor, de idade e meia.

Os únicos que sabiam da sua identidade secreta eram o perene mordomo Alfred, e o seu melhor amigo, um outro tiozão que ganhava a vida consertando telefones. E o amor de sua vida era ninguém menos que a ROSANA ("Como uma deusa..."). E eu era apenas o espectador da parada, uma espécie de câmera man.

Bom, era num domingo ensolarado, em que colecionadores de aviões antigos estavam voando com seus aparelhos já quase centenários pelo céu, quando Bruce conversava com seu amigo consertador de telefones, desapontado porque a Rosana, sua antiga paixão, estava interessada em outra pessoa. Então ele foi ao seu apartamento vestido de Batman, para tentar atiçar a sua libido quinquagenária. Enquanto ela atendia o interfone, ele fazia sua entrada ninja característica surgindo ao seu lado sabe-se lá como.

Enquanto isso, a cena mudava para um close no telefone vermelho do Comissário Gordon. Ele estava sendo seguro pela mão de uma pessoa morta que estava dentro da parede do escritório (!), que, aparentemente, havia sido devassado por algum dos psicóticos que assombram Gothan City. Gordon pegou o telefone e ligou. Alfred, como bom mordomo, atendeu do outro lado e anotou o recado. Sem conseguir ligar para o seu patrão (que naquela altura, devia estar ocupado com a Rosana, entre o amor e o poder), ele pegou um dos carros da mansão e foi ao seu encontro.

Era fim de tarde, e estava tendo uma passeata de praticantes do naturismo em plena Av. Abelardo Bueno, na chegada à Barra da Tijuca, o que impediu que Alfred prosseguisse de carro. Ele ligou novamente para Bruce Wayne, e finalmente conseguiu combinar um ponto de encontro, onde ele deveria deixar o equipamento para ele se deslocar até o local da ocorrência. Ele pegou uma moto que vinha dentro do carro. Só que, ao contrário dos filmes, era uma motinha 125cc, com pneus murchos, mas que o velho empregado pilotava com extremo arrojo, em uma bela cena de ação.

Bruce vinha de carona com seu amigo. O consertador de telefones tinha uma caminhonete, em cuja caçamba ele levava peças, aparelhos, etc. Bruce vinha sentado num estrado de madeira nessa caçamba. Já era noite quando, enfim, encontraram Alfred, que, com pneus vazios, já não conseguia mais se deslocar. Eles pararam, colocaram a moto sobre a caçamba, e o mordomo repassou ao patrão as instruções do Comissário Gordon. Bruce, porém, estava tão deprimido (provavelmente ao confirmar que Rosana não o amava mais, nem como Batman) que não estava a fim de enfrentar o crime naquela noite.

Fim. Feliz natal.

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